Anel vascular: uma causa rara de sibilância no lactente – relato de caso
Silva, RR
Barbarioli LP, Grativvol RS, de Barros CV
Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM)
Introdução:
Existe um amplo espectro de anomalias congênitas da aorta que ocorrem no paciente pediátrico e que são causas importantes de morbidade em crianças. Os anéis vasculares, também conhecidos como anomalias congênitas dos vasos da base representam 1-2% dos casos das cardiopatias congênitas e constituem um grupo de malformações responsáveis por compressão do esôfago e/ou traquéia que causam sintomas respiratórios e digestivos. As manifestações clínicas vão depender do tipo e da localização do anel, contudo caracteriza-se sobretudo por tosse, estridor respiratório, pneumonias de repetição, sibilância crônica, disfagia e vômitos, muitas vezes confundindo com afecções respiratórias infecciosas ou com refluxo gastroesofágico.
Objetivo:
Relatar o caso de um lactente com manifestações clínicas e exames de diagnóstico por imagem sugestivos de anel vascular com compressão de esôfago e traquéia, no intuito de relembrar esta doença relativamente rara como um dos diagnósticos diferenciais do “bebê chiador”.
Materiais e Métodos:
Lactente do sexo masculino, oito meses, negro, natural de Cariacica - ES foi trazido ao ambulatório com queixa de estridor respiratório desde o nascimento, principalmente após as mamadas e ao choro intenso. Há dois meses o estridor ficou mais intenso e persistente associado à tosse produtiva e cansaço, sem febre, a mãe referia seis internações prévias em outros serviços por “pneumonia”. Ao exame físico notava-se estridor inspiratório, taquidispnéia com retração subdiafragmática e intercostal moderada, batimento de aletas nasais e hiperextensão do pescoço. À ausculta respiratória, o murmúrio vesicular era rude com estertores e roncos difusos bilateralmente e sibilos esparsos. O exame cardiovascular e o gastrointestinal eram