Andrologico bovino
Pesquisas revelam que mais de 50% dos touros utilizados para monta natural, possuem algum problema de fertilidade. As principais causas desta fertilidade reduzida ou mesmo da infertilidade estão apresentadas na Tabela 1.
Por isso, alertamos a todos os pecuaristas a necessidade de realização de exames clínicos, sanitários e andrológicos, pelo menos uma vez por ano, antecipando a entrada dos mesmos na reprodução.
Estes exames, além de prevenir baixa fertilidade no rebanho, imprime melhor seleção genética e consequentemente, lucratividade.
Tabela 1.
Principais causas de fertilidade reduzida ou infertilidade identificados em touros usados em rebanhos, no Brasil.
Causa
Freqüência (%)
Degeneração testicular
21,5
Imaturidade sexual
11,9
Maturidade sexual retardada
3,5
Hipoplasia testicular
3,5
Espermiogênese imperfeita
2,9
Espermatocistite
2,7
Disfunção do epidídimo
2,1
Fonte: Vale Filho et al. (1978).
Para o exame clínico andrológico ser completo, deve-se seguir o seguinte roteiro:
Identificação:
proprietário; propriedade.
Animal: nome, raça, idade, sistema de alimentação e criação, origem, regime de estação de monta.
Exame Clínico: 1. Histórico e anamnese - motivo da realização do exame; ocorrências; estado nutricional, corporal e sanitário; 2. Geral – peso; sistema respiratório, circulatório, digestivo e locomotor do animal. 3. Sistema genital – avaliados através de palpação: cordões espermáticos, o escroto, os testículos, os epidídimos, o prepúcio, o pênis e a genitália interna.
Circunferência escrotal
É realizado durante a realização do exame andrológico. O tamanho dos testículos está diretamente relacionado com a capacidade de produção espermática e existe correlação genética negativa entre a circunferência escrotal de touros ainda jovens e a idade à puberdade de suas meias-irmãs. Touros com testículos mais desenvolvidos apresentam maior volume