Android hello word
A Educação a Distância (EAD) no ensino vem se tornando cada vez mais popular, envolvendo um uso intensivo das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nesse modo de ensino, implicando um número cada vez maior de estudantes, professores e instituições, tanto públicas como privadas, em um novo conjunto de desafios. A presença das TIC fomenta e cria condições potenciais para a interação e o desenvolvimento de projetos comuns em grupos heterogêneos, mas ela não se limita a uma “presença técnica” a serviço de uma educação única. Diferente disso, trata-se de uma processo sociotécnico, inserido numa dinâmica política, de tomadas de decisão, de construção coletiva de projetos políticos e(-) pedagógicos. Essa perspectiva é crucial no debate recente sobre a autorização das universdades públicas para o desenvolvimento da EAD quando se acrescenta à essa discussão a crise estrutural pela qual passam tais instituições. No centro da crise, está um conjunto mais amplo de políticas públicas – da educação no sentido mais amplo, da cultura, telecomunicações, ciência e tecnologia - que poderão garantir condições técnicas, tecnológicas, institucionais e teóricas para o pleno desenvolvimento da EAD.
É evidente a existência e até mesmo a prevalência de certo encantamento sobre o uso das TIC com a consequente expectativa de ampliação do alcance do ensino superior no Brasil. As possibilidades de aumento do número de vagas e a perspectiva de se fazer a universidade “presente” nos mais diversos espaços do território, bem como a indicação de uma possível economia de custos, em função da escala dos projetos, seduz a todos que querem ver plenamente realizado o direito à educação.
Mas é fundamental pensar criticamente sobre a EAD e, assim, considerar que o movimento já desencadeado de expansão do ensino educacional, presencial e a distância, envolve conflitos de interesses. Nesse contexto o tema tem apontado, entre tantos outros pontos, para a orientação