Andarilhos
RESENHA CRITÍCA DO FILME BRAZIL
Território Brazil
O filme do diretor Terry Gilliam é uma película um tanto quanto perturbadora. Trazendo em seu enredo a vida de Sam, que está em meio a uma sociedade opressor, que vive a beira de ataques terroristas. Extremamente burocrática.
No decorrer das cenas os ambientes alternam entre uma sociedade controladora, que busca a perfeição e o registro de tudo, tirando do individuo o direito de ser humano. Os únicos momentos em que ele se permite viver a sua humanidade é nos seus sonhos. Os quais são pomposos, uma manifestação inconsciente de encher os olhos de um analista. Nestes sonhos há uma promessa de fuga substancial da realidade, essa promessa é uma linda mulher, que ao som de Aquarela do Brasil o chama para fugir de sua realidade.
Ao entrelaçarmos as questões que o próprio cineasta traz, que orbitam nas relações de trabalho, administração e governamental, podemos perceber a amostragem historicista da qual tratamos em sala de aula. O super controle que os governantes querem ter da sociedade é espelhada no pensamento de Taylor, de controlar tudo. Sabemos que é um equivoco do mesmo. Há uma cena em especial no filme que me chamou a atenção e me fez atrelar com este autor. Quando a escrivã está fervorosamente escrevendo em sua máquina e um inseto cai no papel, ela até percebe o que acontece, mas continua no seu afazer sem se dar conta do erro que daria a história para o filme. Ou seja, para Taylor, as pessoas não são pagas para pensar, mas sim executar.
Os erros tão humanos podem ser um pesadelo para os gerentes? É o que pensava Ford, pois ao contratar um operário vinha junto um ser possível de erro. Hoje pode estar se vendo de outra forma, mas há poucos anos atrás os óculos de um capitalismo denso, maquinicista não tinha essa visão integral.
Mas o grande pensamento que pode ser citado neste entrelaçar filme/teoria é Weber e sua burocracia. Esta que se torna um