Andar de m os dadas
A psicóloga Daniela Antória afirma que sim. Segundo ela, o namoro na adolescência influencia e muito o rendimento escolar. Daniela explica que já é difícil manter tudo sob controle para os adultos quanto mais para os adolescentes que estudam. “Por esse motivo, considero essencial a atenção e o acompanhamento da família, orientando e buscando manter o casal consciente de que podem estabelecer uma relação de companheirismo e incentivo ao estudo”, declara.
A opinião de Daniela se assemelha com a da professora Eliana Gava. Ela leciona Biologia para os alunos do 1º, 2º e 3º ano do ensino médio no Colégio Unasp, localizado em Engenheiro Coelho (SP). Para Eliana há os dois lados, tanto o de crescimento quanto o de retrocesso. “Geralmente, quando os alunos começam a namorar a tendência é cair o rendimento. Mas em questão do relacionamento eles crescem muito”, afirma a professora.
Apesar da tendência, existem casos e casos. Lucas Serain, 16, cursa o 3º ano do ensino médio no Colégio Unasp. Ele namora há um ano e meio e durante o período de namoro houve melhora em suas notas finais. “Meus pais ficaram surpresos com o resultado. Eu não sou bom em exatas e a minha namorada me ajuda enquanto eu a ajudo em história”, conta.
Esse é um dos lados que Daniela aponta o namoro como positivo. De acordo com a psicóloga, o jovem precisa entender que o estudo é o principal compromisso quando se é adolescente, mas que o casal pode ajudar um ao outro nessa tarefa. “Se o jovem casal está em sintonia podem estudar juntos e até mesmo dedicar-se mais ao estudo, já que de modo geral, se os estudos vão bem os pais tendem a permitir o namoro, desde que tudo se mantenha em harmonia”, relata.