anatomia da madeira - cor
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A madeira tem propriedades organoléticas, essas propriedades, são sentidas pelos nossos órgãos sensitivos, sendo elas: o cheiro, cor, gosta, textura, grã e desenho que se apresentam na madeira e que está diretamente ligada ao valor ornamental e decorativo desse material (Moreschi). O padrão de coloração de uma madeira pode variar em tonalidades que vão desde o bege claro até o marrom escuro, quase preto. Dentro dessa variação, existem madeiras amarelas, avermelhadas, roxas e alaranjadas. Segundo Mady (2000), a cor da madeira deriva da composição química das substâncias presentes no xilema: polifenóis, flavonóides, estilbenos, quinonas, dentre outros, conferindo diferenciadas cores no lenho. Características anatômicas, como camadas de crescimento, vasos, raios e tipos de parênquima axial, podem influenciar na cor da madeira. A variação da cor natural da madeira é facilmente perceptível aos olhos humanos. Essa variação é devido à impregnação de diversas substâncias orgânicas nas paredes celulares, sendo depositada de forma mais acentuada no cerne (Tsoumis, 1968). A cor na madeira é originada por substâncias corantes depositadas no interior das células que constituem o material lenhoso e também presentes na parede celular. Essas substâncias corantes da madeira são as resinas, gomas, gomas-resinas, derivados tânicos e corantes específicos (Moreschi). Na região periférica do alburno, juntamente com o câmbio, apresenta coloração mais clara que a madeira do cerne. Algumas substâncias que estão no interior da célula e da parede celular, responsáveis pela coloração da madeira, podem ser tóxicos a agentes xilófagos, conferindo a madeira colorações mais escuras, alta durabilidade (Moreschi). Madeiras mais leves e macias geralmente são mais claras que madeiras mais pesadas e duras. Por outro lado, em regiões quentes, predominam as madeiras com cores variadas e mais escuras que em clima frio. Em climas frios a madeira é denominada “madeira branca” (Moreschi). A