Anatomia comparada
Sem dúvida, o clímax está no capítulo 10, no qual Fabiano se descobre enganado e roubado por seu patrão. Após todas as humilhações sofridas por ele e sua família, ainda percebe como foi enganado por alguém que julgou confiar. Quem percebe o “erro” na contas é Sinhá Vitória, e este momento é tão decisivo quanto a seca que se aproxima para que decidam abandonar tudo outra vez e começar uma nova peregrinação.
Desfecho da obra Vidas Secas
O livro termina com o começo de uma nova peregrinação, em busca de novos sonhos, novas terras e novas oportunidades. Um retrato triste, porém fiel da vida dos retirantes, sempre errantes, sempre fugindo das secas.
A linguagem de Vidas Secas
A linguagem é marcada por frases curtas, palavras simples, que remetem à secura do sertão. Tal qual a terra e o cenário, duro e sem vida, são os diálogos, quase inexistentes entre os personagens.
O espaço/tempo em Vidas Secas
A obra é ambientada no Sertão Nordestino, e o tempo utilizado em sua contextualização é mais psicológico do que cronológico, não havendo referências ao ano exato no qual se encontra.
Narrador e foco narrativo de Vidas Secas
Graciliano Ramos utilizou o recurso narrativo em terceira pessoa intercalando-o com o discurso indireto livre, na qual falas das personagens se misturam com as do narrador.
Contexto histórico de Vidas Secas
O livro Vidas Secas foi escrito em 1938, menos de dez anos após a Crise de 1929, em uma época em que os efeitos ainda podiam ser notados. Levando a população a temer seus efeitos em longo prazo. Neste sentido, o autor buscava denunciar as condições de miséria na qual se encontrava a grande maioria dos nordestinos.
Escola literária de Vidas Secas
Neorealismo
Sobre o autor de Vidas Secas
Graciliano Ramos nasceu em 1982, na cidade de Quebrangulo, Alagoas. Foi um importante romancista, jornalista, político e cronista do século 20 merecendo destaque por obras