ANARQUIA E CRISTIANISMO: A BÍBLIA, FONTE DE ANARQUIA

O segundo capítulo começa dizendo que após ser feita uma leitura “ingênua” da Bíblia,foi procurado demonstrar que a Bíblia ao invés de oferecer um fundamento para o Estado e as autoridades, a leitura mostra que quando bem compreendida ela aponta para a anarquia. Mas no sentido de não autoridade e também não no sentido da desordem.
O homem está tão acostumado a ter um poder central com seus variados meios, como polícia e exército, por exemplo, que levantar alguma questão sobre esses poderes equivaleria a estar espalhando a desordem.
A Bíblia contém textos que parecem justificar a “autoridade”. Mas no geral, ela tende a anarquia, com a exceção de alguns textos que apontam para a autoridade.
A Bíblia Hebraica.
De acordo com a Bíblia Hebraica, quando por motivos como a fome, muitas derrotas, idolatria, desordem social, enfim, a situação se tornava um desastre total, Deus escolhia um homem ou uma mulher sem alguma autoridade, independente da família ou posição, mas inspirado por Deus, para resolver os problemas e trazer de volta o respeito à Deus. Isso, porque somente Ele pode ser considerado supremo.
No livro de Samuel, há o relato da verdadeira história do poder real. Na época o povo de Israel declarou que não suportariam mais o sistema político, optando por um rei com a seguinte justificativa: “Para que sejamos também como todas as nações” (1 Samuel 8.20). Samuel não concordou e orou à Deus, que disse para que não se preocupasse.
Samuel então declarou na assembléia do povo: “Este será o direito do rei que houver de reinar sobre vós...” Explicando que o rei tomaria seus filhos e filhas, levantaria impostos e confiscaria as melhores terras. Mas o povo não o deu ouvido, pois estavam somente preocupados em ter um rei para liderar as guerras. Então surgiu Saul, que cometeu abusos enquanto estava no poder e foi derrotado na guerra contra os filisteus.
O segundo rei foi Davi, mas a sua glória deve-se somente à bondade de Deus. Mas se for observado os erros de Davi,