Analise : O sujeito na psicanálise e na educação: bases para a educação.
Os inúmeros sujeitos presentes nas concepções e teorias pedagógicas da atualidade não coincidem com o sujeito da psicanálise, pois o sujeito da psicanálise é o sujeito do inconsciente. É diante disso que se pode ver, um dos mais frutíferos encontros entre a psicanálise e a educação. A noção de sujeito do inconsciente, tão diferente das noções de sujeito na educação, pode ser instalada na base de algumas práticas, capazes de renovar as ações educativas que predominam hoje no campo da educação. Sujeito, nessa acepção predominante na cultura, será sinônimo de indivíduo, de singularidade. E terá uma ressonância fundamental: a liberdade. O sujeito é a manifestação livre da pessoa, é seu grito de liberdade, sujeito ativo. No campo da educação apreciam essa definição de sujeito, e apregoam a necessidade de permitir a sua manifestação na criança. Isso deveria causar uma estranheza, pois o sentido raiz da palavra significa: aquele que está sujeitado, submetido. Para a filosofia, o sujeito é o ser pensante que pensa o conhecimento, e está sujeitado a esse conhecimento que ele busca, sendo ao mesmo tempo sujeito e objeto de seu pensamento. Ele está livre tanto para ir em busca desse conhecimento, quanto para não ir. Pensar em conhecer o sujeito do conhecimento, contudo, é ao mesmo tempo um passo em direção à noção de sujeito, digamos assim, livre. Sujeito cartesiano (penso, logo existo) – sujeito que pode afirmar sua existência, sua força e sua liberdade. Logo, o sujeito irá ocupar um lugar central no mundo contemporâneo, diferente daquele que ocupava no pensamento aristotélico > ?. Saindo de coadjuvante para ganhar a cena, tornando-se origem e fonte do pensamento e da ação. Descartes: sujeito no centro da análise e da teoria. Sujeito agente, que toma as rédeas da operação reflexiva, busca e conhece a verdade, e é capaz de produzir efeitos sobre a realidade social e política de seu