Analise sobre o direito de morrer
As doenças, sofrimento e a morte são características inalienáveis da condição humana, “não se morre por estar doente, mas sim por estar vivo” (Montaigne), pensando assim questionar sobre o significado da morte envolve também a busca pelo significado da vida
No modelo atual de sociedade em que vivemos, dificilmente o dialogo estará aberto ao principio filosófico discursivo a respeito da eutanásia, privilegiamos o belo, o aspecto saudável do existir, e nem chegamos a considerar que a morte, faz parte da vida e que em algum dado momento, deveremos pensar em como ela se dará ou se realizara, e esse questionamento só pode ser feito por um ser dotado de autoconsciência, o homem.
Nós homens temos uma ligeira vantagem em relação aos outros seres vivos, temos a possibilidade de escolher se queremos prolongar o termino da vida, ou seja, de antecipá-lo, de alguma forma agindo sobre o processo.
Este poder sobre o processo seja por vontade própria e soberana pode conceder ao homem o direito moral e ético de fazê-lo ou não.
Este é o questionamento maior, abordado em vários textos filosóficos como no mito de Sísifo “Não há senão um problema filosófico verdadeiramente serio: é o suicídio. Julgar se a vida vale a pena de ser vivida, é responder à questão fundamental da filosofia”.
A morte tem vários sentidos e interpretações, e pode esconder significados que toda a humanidade desde os primórdios vem tentando desvelar.
No decorrer da historia da humanidade a quantidade de representações e concepções que se contradizem e se opõe a respeito desse processo e seus significados são muitos, mas elementos seguros que realmente podem levar a uma conclusão sobre o fato em si são escassos.
Hoje em dia a humanidade encontra-se em um momento onde não há mais retorno, há vários anos estamos nos distanciando do assunto morte e suas implicações e delegando a obrigação de analisá-lo e as demais atitudes à Medicina, e hoje é necessário rever