Analise semântica de marcelo, marmelo, martelo.
Larissa Lessa[1] Este trabalho irá abordar a obra infantil “Marcelo, marmelo, martelo” da escritora Ruth Rocha, onde é narrada a história de um garoto chamado Marcelo que questionava os pais sobre os porquês das palavras que nomeavam os objetos que nos cercam. A autora trata de maneira lúdica um dos dilemas que comumente afetam pais e filhos, que é o questionamento de tudo! De como se nomeavam todas as coisas, como se atribuíam palavras aos elementos, enfim... Como diria o próprio personagem do livro: “Por que lápis e não escrevedor? Por que cadeira e não sentadeira? Por quê?” Em um de seus questionamentos, ele perguntava ao pai o porquê de usar a palavra “bola” para definir o objeto. O pai responde que a palavra “bola” lembra algo redondo. Não satisfeito, o garoto pergunta sobre a semelhança entre as palavras “bola” e “bolo”. O pai reforça sua tese dizendo que o bolo também é redondo, mas fica perdido quando o garoto argumenta que a maioria dos bolos é na verdade retangular e não redondo. O garoto inconformado com a situação resolve criar um dialeto próprio, empregando palavras (para ele) mais adequadas às coisas. A colher virou de mexedor, a manhã era solário e a noite lunário. No final da história, os pais de Marcelo acabam percebendo que fugir às vezes das “convenções” é útil e divertido e que explorar a dimensão lúdica da linguagem não precisa necessariamente negar seu real sentido. Para fazer uma analise superficial sobre isso, vale ressaltar alguns conceitos básicos abordados por Ferdinand de Saussure como: Língua- que é o sistema de signos, ou seja, conjunto de unidades que estão organizadas formando um todo; Signo- a associação entre significante (imagem acústica) e significado (conceito); e Imagem acústica – que é a representação mental do som. Por exemplo, quando alguém diz "casa" e “house”, na cabeça do interlocutor forma-se uma imagem que faz com que ele entenda do que estamos falando,