Analise pessimista da politica brasileira
10/01/2012 — marodrigues17
Não me recordo de outra sequência de escândalos e quedas de ministros semelhante a esta que lançou holofotes e manchetes sobre o primeiro ano do governo Dilma Rousseff.
Segue a lista dos demitidos, apenas para historiar: Antônio Palocci (Casa Civil), 7 de junho; Alfredo Nascimento (Transportes), 6 de julho; Nelson Jobim (Defesa), 4 de agosto; Wagner Rossi (Agricultura), 18 de agosto; Pedro Novais (Turismo), 14 de setembro; Orlando Silva (Esportes), 26 de outubro; e Carlos Lupi (Trabalho), 4 de dezembro.
Nelson Jobim era o único que não estava envolvido em acusações de corrupção na sua área de atuação: apenas chamou a ministra Ideli Salvatti de “fraquinha”.
O mais recente já ganhou o troféu de Mais Patético: em sessão da Câmara dos Deputados, 10/11/2011, “Lupi pediu desculpas públicas por ter declarado que só sairia do ministério ‘abatido a bala’ e disse amar a presidente Dilma Rousseff. ‘Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi minha intenção: eu te amo.’” (trecho extraído da Folha de São Paulo).
De quebra, criou outro constrangimento para Madame Rousseff: o envolvimento do partido político do coração dela, de suas origens, que é o brizolista PDT.
Uma informação para quem não leu o suficiente, ou ainda acredita na propalada coerência de raízes do Partido dos Trabalhadores: Dilma Rousseff era membro do PDT desde a fundação e só passou para o PT em 2000, após indisposição com um grupo de Porto Alegre.
Mas não há como culpar a própria presidente pelas nomeações dos ministros demitidos: a distribuição de cargos aos partidos aliados é inevitável, não há outra forma de governar este complexo Brasil.
Um amigo que trafega pela área política, conhecedor dos seus meandros, diz que os escândalos são previsíveis e inevitáveis, pois os nomeados para cargos públicos