Analise meditação de Descartes
Maio de 2014
Componente curricular: Filosofia Professor: Marcelo Vier
Trabalho de análise e interpretação da meditação Primeira de Descartes
1)Lê os argumentos dos sonhos, e responde: em que partes do texto Descartes utiliza argumentos que contradizem e que provocam a dúvida sobre suas escolhas.
R: Em sua primeira meditação Descartes apresenta opiniões contraditórias, as quais ele não deixa evidente a sua posição sobre o conteúdo, gerando a dúvida no leitor sobre sua opinião, principalmente sobre os sentidos relacionados a um de seus argumentos: o dos sonhos.
Primeiramente nota-se que há contradição, quando claramente o autor não deixa claro o grau de confiança possível aos sentidos, ele cita no quarto parágrafo ‘’ E como eu poderia negar que estas mãos e este corpo sejam meus?’’, explicitando o ideal de que somente às vezes os sentidos enganam o que se torna contraditório com o ideal seguido e expresso no próprio argumento dos sonhos, o qual ele afirma acreditar se encontrar em situações, sentindo-as, mas obviamente não se tratam de uma verdade, por ser um sonho. Logo como ele pode afirmar que o braço seria dele, apenas confiando nos sentidos, que é confiar no que se sente como acredita quando está sonhando. Como o filósofo sabe que o que está vivendo e o momento que esta escrevendo não é um sonho? Com o mesmo ideal, o autor continua a se contradizer quando chama de louco e insensato quem tem o cérebro ‘‘perturbado’’, quando acreditam ‘’ser reis quando são muito pobres; que estão vestidos de ouro e de púrpura quando estão inteiramente nus; ou imaginam ser cântaros ou ter um corpo de vidro’’ logo acreditam ser ou ter algo que não possuem ou são, relacionando a loucura a essas características, mas no próximo parágrafo ele afirma: estar vestido e junto ao fogo, em quanto dorme, em seus sonhos, logo ele mesmo se enquadra nas características as quais descreve como loucura, a de acreditar viver algo,