Analise literária - O Cortiço

ANÁLISE LITERÁRIA: O CORTIÇO

1. bibliografia e dados do livro:
AZEVEDO, Aluísio de. O cortiço; 2ª edição; São Paulo – SP: Escala. Não datada, p. 210.
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís do Maranhão, em 14 de Abril de 1857, e faleceu em Bueno Aires, Argentina, em 21 de Janeiro de 1913.
Da infância à adolescência, Aluísio estudou em São Luís e trabalhou como caixeiro e guarda-livros. Desde cedo demonstrou interesse pela pintura e pelo desenho, o que mais tarde o ajudaria a caracterizar os personagens de suas obras. Matriculou-se na Imperial Acadêmica de Belas Artes, hoje conhecida como Escola Nacional de Belas Artes. Para manter-se fazia caricaturas para os jornais da época, como O Figaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada.
Com a morte do pai em 1876, ele teve que voltar a São Luís, para tomar conta da família. Ali, começou sua carreira de escritor, publicando em 1880, o romance “Uma lágrima de mulher”. Em 1881, Aluísio lança “O mulato”, romance que causou escândalo, não só pela linguagem realista, mas, também, pelo preconceito racial. Em 1884, lança “Casa de pensão”, e em 1980 lança “O cortiço”.
2. enredo:
A obra tem como tema uma crítica ao capitalismo tirano, pois mostra a ambição e a exploração do homem pelo próprio homem, temos João Romão, um português grosso e ambicioso, junta dinheiro renunciando coisas pessoais, roubando quando surge oportunidade, deixando de pagar sempre que pode, mas sempre cobrando o que lhe devia. Há também o Miranda, homem rico que aspira à nobreza.
Há também a supervalorização do sexo, típica do naturalismo, faz Aluísio pesquisar o campo da patologia sexual, desde as relações matrimoniais, ao adultério, prostituição, homossexualismo, lesbianismo, etc. Segue na ordem com dois trechos
“As casinhas eram alugadas por mês e as tinas por dia; tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão a parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para