ANALISE FILME PLAYTIME
O filme começa com a chegada de um grupo de turistas americanos ao aeroporto de Orly,
Paris, grupo desloca-se até o centro da cidade, para visitar uma exposição. No grupo encontra-se Barbara, uma mulher acompanhada por outras turistas, que procura tirar fotos e visitar os locais, ela pretende tirar fotos a uma florista de rua pois considera que é nestes estabelecimentos que se encontra a "verdadeira Paris", depois de várias tentativas interrompidas por pessoas aparecendo na cena a mulher desiste de tirar a foto e ingressa ao edifício com o resto das turistas, até o momento a cidade pode ser qualquer outra cidade moderna, já que não é mostrado nenhum sinal, ou elemento típico da cidade de Paris: no momento que a mulher ingressa ao prédio, é vista através do reflexo na porta de vidro, o principal cartão-postal de Paris: a Torre Eiffel (foto 1). A imagem de cidade “romântica” pela qual é conhecida Paris é substituída por uma cidade de edifícios enormes e labirínticos, de estruturas metálicas e vidros salientes (vidros tão limpos que não sabemos se estamos dentro ou fora do edifício). Uma cidade impessoal, cinza, “construída em série”, sem identidade: o aeroporto parece um hospital, as lojas parecem escritórios, os interiores das residências são exibidos como vitrinas de lojas: todo mundo quer ser moderno até o ponto de expor sua vida privada ao 100%.
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TEORIA DO URBANISMO / PROFESSORA: MARIA DA GRAÇA AGOSTINHO / ALUNA: MERCEDES GUZMÁN ROMERO
Mr. Hulot (o protagonista do filme) é representado como um típico parisino acompanhado pelo seu chapéu de chuva, cachimbo, jeito algo atrapalhado, sendo um indivíduo de poucas falas e muitos gestos. Este aparece como uma figura observadora, como se estivesse perdido no interior de uma Paris que já não é a sua. No início do filme, Mr. Hulot (Jacques
Tati) vai ao centro comercial para entregar um bilhete ao presidente da organização sediada naquele espaço. Ele se perde entre portas de vidro, escadas