Analise do fungo Paracoccidioides brasilienses
Joyce Villa Verde Bastos, Maristela Pereira
Universidade Federal de Goiás, 74690-903, Brasil joyce_jvvb@hotmail.com, mani@icb.ufg.br
PALAVRAS CHAVE : P. brasiliensis, Argentilactona, Proteômica, Toxicidade
1.
INTRODUÇÃO
O fungo Paracoccidioides brasiliensis é o agente etiológico da Paracoccidioidomicose
(PCM),
uma
micose
humana
sistêmica
granulomatosa,
inicialmente
denominada
hifoblastomicose pseudococidióica (LUTZ, 1908). Embora não seja uma moléstia de notificação compulsória, no Brasil é a nona causa de mortalidade entre as doenças infecciosas parasitárias constituindo-se um problema de saúde pública (PRADO et al., 2009). Um grande número de trabalhadores rurais foi observado entre os acometidos pela PCM; a maioria residente em áreas endêmicas, do sexo masculino, entre 30 a 60 anos de idade. (SVIDZINSKI et al., 1999; VILLAR et al., 2000).
Devido à toxicidade dos antifúngicos existentes para o tratamento de micoses e ao isolamento de linhagens resistentes, tornam- se cada vez mais necessários estudos em busca de novas terapias (HAHN et al., 2003). Plantas com propriedades antimicrobianas representam uma fonte em potencial para a obtenção de compostos antifúngicos (KUHNT et al., 1995). No entanto, devido à imensa quantidade de espécies a serem exploradas, selecionar espécies vegetais e investigar o seu potencial farmacológico torna-se difícil. Os riscos associados ao uso dessas plantas, como por exemplo, a toxicidade, também deve ser avaliada
(AURICCHIO & BACCHI, 2003). Em adição, moléculas-alvo presentes em fungos e ausentes em humanos têm se tornado prioritário para o desenvolvimento de antifúngicos.
Estudos que de perfis proteômicos fornecem a oportunidade para compreensão da interação patógeno - hospedeiro e tem trazido importantes contribuições aos mecanismos de patogênese em vários sistemas