analise do filme o preço do amanhã
Disciplina - Filosofia Jurídica
Professor – Joel Bonin
Acadêmica – Rafaela Ferrari Kley
Curso de Direito
Análise crítica do filme “O preço do amanhã”, de Andrew Niccol (EUA,2011)
O filme mostra uma nova sociedade desenvolvida pela engenharia genética, onde o tempo passa a ser a nova moeda. todos podem adquiri-lo e dispô-lo, conforme o estabelecimento das novas relações sociais ligadas ao sistema de produção. Como consequência imediata desta mudança, surge nítida a primeira diferença social: os “ricos” podem viver eternamente enquanto os “pobres” precisam cuidar para que a quantidade de tempo em seus cronômetros regressivos não seja menor do que o número de horas que faltam para o fim do dia, condicionados à expressão de uma durabilidade geneticamente controlável, a exploração do trabalho como extorsão da vida de outrem apresenta-se como a base da trama do filme. Cabe ressaltar, por sua vez, que a maioria da população mostrada no filme, que vivem em distritos mais pobres, são obrigados a viver o tempo que lhe restam como a maioria da população mundial, ou seja, trabalhando em atividades que lhes possam garantir o recebimento de mais tempo e, por conseguinte, por essa relação mórbida perfazem a garantia de quitação das dívidas que decorrem das necessidades humanas mais fundamentais, tal como a alimentação e a moradia.
O roteiro expressa um acontecimento baseado no conceito de arbitrariedade, sem lançar mão de uma concepção de intencionalidade do protagonista. Exposto a uma situação de lutar para conseguir a fração de tempo necessária para continuar vivo ele se depara com um fugitivo das esferas de poder de nível superior, que acaba perseguido e é amparado pelo protagonista, de uma forma aparentemente solidária, e esse personagem repassa ao protagonista uma quantidade de vida temporal milionária, o que lhe retira da pobreza da jornada diária e o lança a outros universos, fazendo-lhe experimentar outros