Analise do filme "a classe operaria vai ao paraiso"
Relatório do filme: “La classe operaria va in paradiso”
Introdução
O filme “La classe operaria va in paradiso”, do diretor Élio Petri feito em 1971, retrata um período em que o fordismo já começa sua fase de decandência, mostrando o retorno da insatisfação do operário italiano (retorno da luta de classes e da falta de disciplina) por meio dos sindicatos, a atuação dos estudantes, e a situação desse trabalhador tanto dentro ambiente do trabalho como fora.
Análise
Já na primeira cena do filme em que o protagonista acorda como som de seu despertador ao mesmo tempo em que sonhava com o barulho da sirene da fabrica que trabalha a BAN, pode-se perceber a rotina em que o trabalhador do sistema fordista vive chegando ao ponto, por causa da constante sequência automatizada de operações padronizadas (como diz Theodor Adorno em seu texto “A Indústria Cultural”) esse trabalhador continua se comportando como se ainda estivesse na fábrica. Lulu quando está dormindo passa a realizar com as mãos os mesmos movimentos que usa ao trabalhar na máquina da fabrica.
Na cena seguinte do filme, quando Lulu continua sua rotina matinal passa por uma seqüência de objetos supérfluos, como um balão em forma de pato, bichos de pelucia, bonecos. Isso mostra a posição dos trabalhadores como já de consumidores modernos. Em diversas outras cenas do filme se faz a referência do consumo impulsivo que se dá pelo consumidor moderno, como quando Lulu está sozinho em sua casa após perder seu emprego e começa a averiguar os seus bens com intensão de vendê-los, passa então a dizer o valor da compra desses objetos, o preço que pode arrecadar ao vende e as horas de trabalho que necessitou para compra-los. Por serem, na maioria das vezes, objetos sem utilidades, a não ser decorativa, a diferença do preço pelo que foi pago ao que se venderia é alto, mostrando assim os efeitos da necessidade criada pela publicidade que faz esse consumidor ter