Analise do filme os deuses devem estar loucos
CENTRO DE ARTES
Curso de Desenho Industrial (Design Gráfico)
Disciplina: Antropologia
Professor: Eliana S. J. Creado
Vitória, 30 de junho de 2011
Análise do filme “Os Deuses Devem Estar Loucos”
O filme de Jamie Uys data de 1981, conta a história de um nativo do deserto do Kalahari, pertencente à tribo dos Mosquíbanos que encontra uma garrafa de Coca-cola, “ícone” conhecido mundialmente, jogada por um piloto de uma aeronave. Em primeiro momento, para o nativo a garrafa nada mais é que um presente enviado pelos Deuses, uma vez que seu povo sequer conhece o vidro. Vale comentar que para os nativos, pouco importa o (famoso) formato do recipiente, que para nós já virou um símbolo que associamos à bebida. O que importa neste caso para eles, são seus diversos usos (para nós não muito convencionais) da garrafa, desde instrumento de sopro até pilão.
O contato mais profundo com este novo objeto começa a transformar o comportamento de alguns integrantes desta tribo pacata e que desconhece a violência, e que sequer possuem noção de lei ou obedece a alguma autoridade. Um novo sentimento de posse começa a crescer ao ponto de gerar discórdia entre os integrantes da família. Após algumas agressões motivadas pelo interesse à garrafa, o objeto outrora considerado uma dádiva dos deuses passa a ser chamado de coisa maligna, e após tentativas frustradas de livrar-se da garrafa, um dos chefes da tribo (conhecido como Xi) decide levá-la até os confins do mundo e jogá-la de volta aos deuses. Em seu percurso, vários acontecimentos sucedem ao personagem e principalmente a partir daí, quando há o contato do nativo com a civilização é que as questões antropológicas merecem destaque.
Transferindo a questão para um âmbito mais crítico, antropológico, o filme torna-se uma fonte de estudo e reflexão sobre comportamentos etnocêntricos e principalmente culturais.
Assim que o filme muda do deserto do Kalahari para a cidade, o narrador mostra