Analise do filme ensaio sobre a cegueira
O filme Ensaio Sobre a Cegueira é uma adaptação do livro escrito por José Saramago. Retrata uma cidade não identificada, onde repentinamente, passam a sofrer de uma epidemia de cegueira branca. Iniciou com um motorista de descendência oriental, que fica cego e causa muitos transtornos nas ruas da cidade. Ele é levado ao oftalmologista, que constata o aparente perfeito estado de seus olhos. Todos que entram em contato com o japonês, inexplicavelmente adquirem a cegueira, e isto provoca uma epidemia que aos poucos atinge grandes proporções ao ponto de causar grande alarme na parcela da população ainda não infectada, no governo e na comunidade científica. Estes últimos buscam o entendimento da nova doença, assim como meios de obtenção da sua cura e acabam por determinar juntamente com o governo, medidas de confinamento dos infectados, que passam a viver em condições subumanas a fim de garantir a saúde dos demais integrantes da sociedade. À medida que a doença avança, os infectados são desumanamente postos em quarentena, em um local superlotado, onde as condições eram precárias e a auto-estima das pessoas caía de modo substancial. Os serviços públicos começam a falhar e as pessoas em geral passam a esquecer os princípios que regem uma vida civilizada e passam, simplesmente, a lutar pela própria sobrevivência. Neste cenário, o enredo gira entorno da mulher do médico. Ela era a única pessoa não-infectada que se tinha notícia na cidade.
A força da epidemia não diminui com as atitudes tomadas pelo governo e depressa o mundo se torna cego, onde apenas uma mulher, misteriosa e secretamente manterá a sua visão, enfrentando todos os horrores que serão causados, presenciando visualmente todos os sentimentos que se desenrolam na obra: poder, obediência, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjugados.
Nesta quarentena esses sentimentos se irão desenvolver sob diversas formas: lutas entre grupos pela pouca comida