Analise do Filme 300

Há muita dificuldade na hora de analisar um filme, pois para muitos o cinema não é considerado uma fonte confiável. Não é com dificuldade, que algo irreal pode ser passado nas telas de cinema. O cinema não foi usado quando a história ocorreu, não foi produzido naquela época, portanto, não o consideram uma fonte absoluta. O cinema pode, facilmente, ter imagens manipuladas e modificadas, pois muitas vezes, a única vontade é vendê-lo. O filme é visto como um produto, que precisa ser vendido, por isso são feitas alterações para que o que é mostrado no filme, agrade os olhos do publico, tanto que os filmes são considerados uma espécie de “atração de feira”, como dita Marc Ferro em um de seus textos.
O conteúdo em si é incerto, e muitas vezes, não é considerado como realidade. Mas da mesma forma que a história escrita, documentada, não é escrita inocentemente, pôde e foi alterada dos olhos de quem a escreveu, o filme não seria diferente. Mesmo baseados em historias que de fato aconteceram, pode haver algo que lhe confunda se não houver profundo conhecimento sobre o assunto. Marc Ferro escreveu um texto e desenvolveu uma técnica para a analise de filmes, uma técnica que facilita o entendimento do que se quer dizer pela história não falada. Segundo Ferro, é preciso de técnicas como o saber e o modo de abordagem das diferentes ciências humanas, e relacioná-las com o filme. Aplicando-as à imagens, imagens sonoras e imagens não sonoras. Analisar a narrativa, como a história é contada, de qual ponto de vista. O cenário, o publico: para agradar qual faixa etária é feito. A crítica e o regime, em que época foi filmado o filme, com quais intenções, como por exemplo: filmes da ditadura, onde havia uma forte censura, tinha que ter uma certa “mensagem subliminar”, escondidas nas entrelinhas.
Existem várias definições do “Orientalismo” apresentadas pelo autor: “uma tradição clássica de estudo”; “o modo de encarar o Oriente”; “o modo ocidental de dominar, restruturar e exercer o