Analise do cordel: a seca no ceará do autor leandro gomes de barros
DCH-DEPARTAMENTO DE CIENCIAS HUMANAS- CAMPUS VI
COLEGIADO DE HISTORIA-VII SEMESTRE
DISCIPLINA-LABORATORIO DE ENSINO DE HISTORIA VII
DOCENTE-JOSIVALDO PIRES DE LIMA (BEL)
DISCENTE-FÁBIO DA SILVA CORREIA
Analise do cordel: a seca no Ceará do autor Leandro Gomes de Barros
O cordel a seca no Ceará de Leandro Gomes de Barros relata a difícil situação nordestina frente a um problema natural agravado pelas relações sociais. O autor escreveu numa época marcada pelos movimentos migratórios ocorridos como conseqüência desse problema no nordeste no final do século XIX e inicio do século XX. Leandro Gomes, sendo nordestino, percebeu a delicada condição do homem sertanejo castigado pelo flagelo da seca, demonstrando para isso, com muitos detalhes, os efeitos dela sobre a natureza e o homem. Como todo cordel organizado há a associação entre fatos históricos e liberdade de visão do autor: É precisamente dessa associação entre fatos históricos e liberdade de invenção que o poeta obtém a flexibilidade da narração e a oportunidade de criar arte com seus próprios talentos. Esta é, pois, uma segunda característica da crônica cordeliana; a mistura de fato e ficção. ( Curran, 1998, p.31) Nesse cordel a fome entra como tema central e, as secas como grandes acontecimentos históricos que tem a capacidade de mobilizar a população mais que qualquer outro acontecimento narrado na historiografia nacional até aquele momento (Sem querer cometer qualquer analogia ou, mesmo a fazendo somente para demonstrar metaforicamente a dimensão dos atos ocorridos.) sobre a vida do povo sertanejo em comum. No inicio o cordelista mostra as conseqüências políticas da seca sobre a economia e as bases e sustento do sertanejo que se baseia na agricultura e na pecuária: “Seca as terras as folhas caem, morre o gado. (Gomes, v. 1) diante da impossibilidade de se alimentar só resta um ato