Analise do Artigo "Pisando no sexo fragil" Raquel Soihet
Corro o riso de produzir parágrafos redundantes ao longo do texto, por enfatizar em demasia a importância desse primeiro movimento do feminismo, conhecido como
“Primeira Onda”. Como o próprio nome já sugere, iniciou-se ali um “Movimento,” onde antes só havia controle e estagnação, se pudéssemos filosofar, foi tal como uma onda a quebrar por sobre o mar dormente, e isso será de extrema importância para toda a luta promovida pelas mulheres que se iniciou, e segue ate hoje a banhar incansavelmente terrenos áridos pelo preconceito, e pelas disputas de poder.
O movimento feminista de “primeira onda” ocorreu pelo Séc. XIX e adentrou ao
Séc. XX e tinha como principal interesse a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Aquele papel outrora oferecido à mulher já não era mais suficiente, ou satisfatório, e mais espaço, maiores oportunidades, mais voz, mais participação, entre outros, passaram a ser almejados.
Aquilo que antes era “aceito” como certo, inato, regra social, cultural, enfim passa a ser alvo se reflexões e questionamentos, e sai do plano das ideias para o plano da ação, com as intervenções e lutas das mulheres que protagonizaram essa chamada primeira onda.
Com o pontapé inicial dado, essas mulheres não poderiam mais ser contidas em seus antigos papeis de boas esposas, mães, senhoras do lar, sem potenciais, desejos, sonhos e possibilidades. Elas têm voz, e então descobrindo como falar, onde falar e em que altura desejam fazer isso, passando a ter ação e consequentemente representação.
O, porém é que além de incomodar o poder masculino vigente essa luta se tornou material para humor, ironias, e em um nível mais extremo violência e opressão, pois as mulheres eram vistas como sujeitos frágeis, delicados e passivos e assim esses pontos de luta e reivindicação inicialmente foram alvo de descredito, como bem representado nas charges presentes no artigo da historiadora Raquel Soihet.
A Ironia sempre foi