Analise: direito a preguiça

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Nos últimos anos, vem sendo travado um rico debate entre vários teóricos acerca da categoria trabalho; alguns defendendo sua centralidade, enquanto um elemento fundamental para a sociabilidade humana e outros o colocando em segundo plano, como é o caso das teorias de Habermas, André Gorz, Domênico De Masi, Claus Offe, dentre outros.

Em sua obra O direito à Preguiça, Paul Lafargue relata o pensamento que esteve envolto do trabalho, desde a gênese da humanidade. Para isso, foi necessário traçar um itinerário histórico das diversas visões sobre o trabalho até aquele momento em que foi escrito o seu livro, em meados do século XIX, em meio às incipientes idéias socialistas inspiradas no pensamento de Karl Marx e as transformações que vinham ocorrendo com o advento da Revolução Industrial.

Nas suas análises, faz críticas ao padrão capitalista emergente, que inspirado nos princípios teológicos e positivistas, explorava cada vez mais a força de trabalho. Diante da superexploração da população, o quadro apresentado pelos ideários da industrialização e da revolução burguesa, era o de um aumento crescente de miserabilidade e pauperização de grande parcela dos segmentos sociais. Desde a Revolução, com a burguesia no poder, aboliram-se os feriados a fim de subjugar os operários às leis do trabalho. Para que os burgueses pudessem atingir seus anseios, foi necessário buscar dogmas do passado para que a população de modo geral "aceitasse" as normas que eram impostas.

Segundo a tradição judaico-cristã, como forma de castigar Adão e Eva, que "desobedeceram" certas regras, Deus impôs para ambos o trabalho. Esse foi um mecanismo punitivo, que por não cumprir a vontade divina, passaram a ter o trabalho como uma imposição e a preguiça como um pecado capital. É com esses preceitos, que o clero propagará uma filosofia que explicará que o homem está na terra para sofrer. O trabalho passa a ser visto como um dogma a ser cumprido e respeitado. Mas, o que pode ser percebido é que

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