analise de processos alternativos
Introdução
Laboratórios de Zoologia de Instituições de Pesquisa e Ensino têm demonstrado grande demanda por peças anatômicas para utilização em aulas práticas. O uso de esqueletos auxilia nas atividades científicas e didáticas, pois fornece informações seguras sobre as adaptações específicas dos vertebrados como, por exemplo, sustentação, postura e modo de locomoção (Hildebrand e Goslow, 2006).
O preparo adequado de esqueletos tem grande importância, pois por meio dele pode-se adquirir peças ósseas de qualidade, mais propícias para estudos anatômicos e uso didático. Este preparo deve seguir algumas etapas. Inicialmente, deve-se evitar o uso de ossos de animais que tenham tido como causa da morte enfermidades ósseas, pois as mesmas podem descaracterizar as estruturas morfológicas originais. O próximo passo seria o descarnamento, o qual consiste na retirada da tela subcutânea e músculos, evitando danificar as superfícies ósseas. Esta etapa é realizada com o auxílio de instrumentos cirúrgicos de dissecção (Auricchio e Salomão, 2002). A última etapa refere-se à maceração propriamente dita, ou seja, manter as estruturas anatômicas em substâncias específicas com capacidade para dissolver elementos não-ósseos. Nesta técnica, podem ser utilizados diferentes processos químicos, biológicos ou mecânicos, aplicados isoladamente ou combinados. Os processos químicos são, geralmente, os mais agressivos, porém possibilitam a obtenção mais rápida de resultados.
Diversos produtos químicos são utilizados para a maceração de esqueletos, por isso é preciso escolher o produto que melhor se adapte às condições de cada laboratório, ao custo, ao tempo de preparo e à facilidade de clareamento. Kawamoto et al. (2006), por exemplo, utilizaram, em seus experimentos, peróxido de hidrogênio em diversas concentrações, pois necessitavam de esqueletos desarticulados e livres de todo tecido para