Analise de politica fiscal
O mundo, até a década de vinte, trabalhava com uma economia direcionada pela teoria dos preços. Uma teoria que diz respeito a um trabalho com os preços relativos, tendo em vista que a intervenção do Estado ainda não estava claramente patente, e até mesmo uma idéia, talvez, rejeitada pelos teóricos da economia. Na época, levava-se em consideração uma economia livre, onde os produtores/vendedores e consumidores, tinham plena liberdade de satisfazerem seus desejos como bem quisessem e entendessem. Contudo, esqueceram o poder que tinham e têm os grandes e médios industriais para concentração e acumulação de capital e que tornaram ao longo da história o mercado imperfeito, demolindo clara e objetivamente a concorrência quase que perfeita, na imposição de um monopólio cartelizado.
Depois de muitas crises que a economia mundial passou no transcorrer da história, é que se inicia um processo de conscientização de que o sistema econômico não deveria ser plenamente livre, quer dizer, deveria ser dirigido pelo Estado (Instituição). Foi, neste sentido, que a grande crise de 1929 teve a sua saída que, segundo John Maynard KEYNES (1936), estruturou uma política econômica inteiramente controlada pela autoridade maior do país, no caso, o Presidente da República. KEYNES mostrou que a crise de 1929 só seria acabada se o governo tentasse uma maneira de incrementar a demanda agregada; pois, aquela situação era somente resultado de uma falta de demanda e, ao se aumentar a renda da população, fomentar-se-ía uma procura, que incentivaria investimentos, e, conseqüentemente, sanaria a crise.
Essa política adotada por KEYNES (1936), para tentar acabar com a crise daquele ano, é chamada pelos economistas participantes de qualquer corrente ideológica, de política fiscal, porque envolve instrumentos fiscalistas no trabalho. Não se deve esquecer que os instrumentos fiscalistas envolvem problemas outros, quando não forem bem trabalhados, e não se preverem os