Analise de malhas
1. Introdução
Além da técnica de análise nodal já abordada, a análise de circuitos pode também ser feita de forma simples e sistemática por meio de análise de malhas, a qual pode ser considerada como a dual da análise de nós, uma vez que está baseada na Lei das Tensões de Kirchhoff (LTK) aplicada às malhas do circuito. Neste tipo de análise serão também empregadas variáveis auxiliares conhecidas como correntes de malha, das quais todas as correntes e tensões dos ramos podem ser obtidas. Como no caso da análise de nós, não serão, portanto, utilizadas diretamente as variáveis dos ramos. A vantagem da utilização de correntes de malha é a redução no número de equações. Deve ser lembrado que uma malha é um caminho fechado no circuito que não contém nenhum outro caminho dentro dele. A presente apostila apresenta o método de forma resumida, maior detalhes são encontradas na bibliografia da disciplina.
2. Procedimento Básico
A análise de malhas envolve sempre os cinco passos descritos a seguir.
2.1 Definição das Malhas e Sentidos de Percurso
Inicialmente deve ser determinado o número de malhas contidas no circuito. Para um circuito contendo b ramos (componentes) e n nós existirão sempre (b-n+1) malhas, as quais permitirão escrever um número de equações independentes igual a (b-n+1). Uma vez identificadas as malhas, deve-se numerá-las e designá-las como I1, I2 , I3 K Ib −n +1. Além disso, deve-se escolher um sentido de percurso para cada malha. A escolha do sentido não interfere com as equações que serão obtidas, mas é importante na determinação das correntes e tensões de ramo. Também nesta etapa serão definidas polaridades para as tensões nos ramos, as quais definem as correntes de ramo que serão consideradas positivas.
2.2 Aplicação da LTK para as Malhas
Após a definição das malhas, deve-se percorrê-las de acordo com o sentido atribuído para cada uma delas, retornando-se ao ponto de partida após a malha ter sido percorrida.