Analise de demonstrativos rede varejista
1.1. Perfil do mercado brasileiro
O Brasil é o país com maior número de farmácias no mundo. Segundo a OMS, são mais de 60 mil farmácias espelhadas por todo território, dos quais 90% são farmácias e drogarias independentes. São mais farmácias do que escolas ou padarias, e é o dobro da quota recomendada pela OMS, que considera ideal uma farmácia a cada 8 a 10 mil habitantes, com distância de 500m de um estabelecimento para o outro.
O setor tem expandido em média 13% ao ano nos últimos anos, e ocupa atualmente o 7º lugar em faturamento no mundo. Em 2011 movimentou em torno de R$43 bilhões de reais de vendas.
Um dos principais motivos do bom desempenho é a elevação do poder aquisitivo das classes C e D. Essas duas classes, que representam 53% da população brasileira, são as que mais impulsionaram a expansão, representando hoje, 42% do consumo total do setor.
Além do aumento de renda dessas classes, o bom momento econômico do país, a quebra de patente de importantes medicamentos, e o Programa Farmácia Popular também contribuíram para o crescimento.
O genérico teve crescimento ainda mais expressivo, em torno de 41,46% em relação ao ano anterior, e representa 25% do setor (8,8milhões).
1.2. Setor em transformação
O setor do varejo farmacêutico está num momento de aumento de loja de redes e da redução das farmácias independentes. Essa tendência está sendo estimulada pelo aumento da competitividade, da introdução de barreiras como a nota fiscal eletrônica e a substituição tributária, que reduz a informalidade do negócio. A provável chegada de investidores estrangeiros, como a britânica Alliance Boots, líder internacional do varejo farmacêutico, contribui ainda mais para o movimento de fusão das grandes redes brasileiras para blindar contra a possível concorrência. Por outro lado, as farmácias de menor porte vêm adotando cada vez mais o associativismo e o sistema de franquias, para juntos,