ANALISE DE CREDITO
O florescimento de mercados para securitização de ativos - inclusive de empréstimos bancários - ampliou as possibilidades de gestão dos riscos de crédito. Títulos ou empréstimos podem ser agrupados e vendidos a compradores externos: investidores institucionais, por exemplo, em busca de diversificação em suas carteiras.
Mas há limites à securitização de empréstimos. Presta-se apenas a operações relativamente uniformes, em termos de cronogramas de pagamento e de características de risco de crédito. Além disso, abdica-se da vantagem comparativa do emprestador original no tocante à capacidade de monitorar o tomador de recursos até o fim do contrato. Da mesma forma, dilui-se a oportunidade do acúmulo do capital informacional típico das relações entre clientes e bancos.
A novidade tem sido os "derivativos de crédito", vale dizer, contratos financeiros de compra/venda de proteção contra perdas relacionadas ao crédito. Trata-se de uma forma de seguro, tornando prescindível o repasse do ativo. A busca de redução no grau de exposição em relação aos clientes, regiões e setores da área de atuação do emprestador não mais exige uma correspondente diversificação nas operações de crédito, podendo ser obtida mediante venda, aquisição ou troca (swap) de exposições em relação a riscos de crédito em particular.
Não por acaso, tem sido espetacular a expansão dos derivativos de crédito nas economias desenvolvidas. E no mundo, segundo pesquisa da Associação de Banqueiros Britânicos, em meados de 2000 os bancos eram responsáveis