Analise da obra mãos de cavalo
Daniel Galera nasceu em São Paulo, no dia 13 de Julho de 1979, mas cresceu em Porto Alegre (RS). Somente retornou à sua cidade natal depois de 2005. Nos últimos anos vive em Santa Catarina exercendo as atividades de escritor e tradutor literário.
Em 2006 publicou Mãos de Cavalo, pela Companhia das Letras e em 2008 publicou Cordilheira, este último ganhou o Prêmio Literário Machado de Assis da Fundação Biblioteca Nacional, na categoria romance e em 2009 ganhou o Prêmio Jabuti como terceiro melhor romance.
Em Mãos de Cavalo, Daniel Galera nos leva a um passeio por Porto Alegre. Esse regionalismo sempre foi marca dos textos do escritor. Neste livro as ruas da capital gaúcha transcendem o papel de cenário, chegando, de certa forma, a fazer parte da narrativa. Esse aspecto chama a atenção porque Galera chega ao limite ao trazer à trama a familiaridade dos bairros e ruas da cidade. O ultradetalhismo em descrever cada beco, dar nome a cada avenida, converter cada rótula, quase levam o leitor a um patamar externo à história, afastando-o da trama sem uma justificativa narrativa clara. A passagem em que há uma crítica (através do narrador em terceira pessoa) às palmeiras plantadas na Terceira Perimetral é um exemplo. O fato é que Mãos de Cavalo nos traz uma leve narrativa para uma história ágil (às vezes divertida) que aborda uma questão existencial, o que, longe de ser um paradoxo, apenas afirma este novo talento da literatura nacional.
Daniel Galera assume características da literatura contemporânea, que nos estudos didáticos é conferido como Pós-Modernismo.
Relativamente à narrativa Pós-Modernista existem diferentes estilos:
1 – Narrativa Regionalista: faz uma crítica político-social e exposição de costumes locais, com ênfase no âmbito rural.
2 – Narrativa Intimista: tendência de exploração psicológica das personagens.
3 – Narrativa Política: literatura que mostra os fatos sociais, principalmente a