Analise da Dinamica Financeira das Empresas
Este tema aborda a análise das capacidades de sobrevivência e crescimento no longo prazo das empresas a partir do estudo do comportamento de três relevantes variáveis da dinâmica financeira das mesmas, que são: o capital de giro (CDG), a necessidade de capital de giro (NCG) e o saldo de tesouraria (T).
Como as formas tradicionais de mensuração das capacidades citadas acima já não respondem adequadamente as necessidades de processos decisórios de financiamento e investimento direto, iniciaram-se buscas por novas pesquisas, chegando ao método de Fleuriet, que nos revela que a liquidez de uma empresa pode ser evidenciada, no nível do balanço patrimonial, pela estrutura resultante da combinação de três principais variáveis, identificadas como NCG, CDG e saldo de tesouraria (T).
A necessidade de capital de giro
Conceitualmente, a NCG corresponde à necessidade líquida de investimento permanente de fundos para garantir o giro normal das operações de uma empresa. NCG = ACO (Ativo Circulante Operacional) – PCO (Passivo Circulante Operacional).
O resultado dessa variável, quando positivo (ACO > PCO), revela que a empresa necessita de financiamento para manter sua atividade operacional. Por outro lado, o resultado negativo (ACO < PCO) identifica a existência de sobras de financiamentos de curto prazo obtidos de seus principais parceiros operacionais (fornecedores, governo, empregados, locadores de imóveis e demais prestadores de serviços não financeiros).
O CF (Ciclo Financeiro) também pode ser medido considerando-se diretamente os prazos operacionais praticados pela empresa. A expressão apresentada a seguir ilustra como esse cálculo pode ser realizado. CF = PME (prazo médio de estoques) + PMR (prazo médio de recebimentos) – PMP (prazo médio de pagamentos).
Entre os prazos médios de recebimentos operacionais mais importantes estão o prazo médio de estocagem (PME) e o prazo médio de recebimentos de vendas (PMRV), cujas