Analise Contabil
DA PRIVATIZAÇÃO
Cláudia Rodrigues de Faria, Ciências Contábeis, Fecilcam, claudia@campomourao.pr.gov.br Sílvia Mara Homiaki, Ciências Contábeis, Fecilcam, sil_mh@hotmail.com
Me. Jorge Leandro Delconte Ferreira, OR, Ciências Contábeis, Fecilcam, jorge.leandro.professor@gmail.com 1. Introdução
Devido a um crescente movimento de redução da presença estatal na economia, o
Brasil iniciou um processo de desestatização em meados da década de 80. Esse processo intensificou-se na década seguinte, com a criação do Programa Nacional de Desestatização, levado a cabo pelo governo Fernando Henrique Cardoso.
Conforme relatam OLIVEIRA e LUSTOSA (2005), os efeitos provocados pela desestatização denotam um novo patamar de conceitos intimamente ligados aos objetivos das companhias e a um novo conjunto de incentivo aos gestores. Presume-se, a partir desse evento, que os objetivos das empresas se voltem à maximização do lucro e à preocupação constante com o mercado, já que a variável falência, antes ignorada pela estrutura da empresa estatal, agora torna-se fator relevante.
Mesmo havendo um grande número de privatizações nas últimas décadas, há pouca evidência referente aos efeitos desta prática, principalmente sobre a eficiência e produtividade, no desempenho das companhias (OLIVEIRA e LUSTOSA, 2005). Assim considerando, podemos perceber que, dentre os estudos realizados, há muitas questões ainda não reveladas, principalmente com relação à verdadeira eficiência e aos impactos dessa gestão privada em empresas antes estatais.
Devido aos números expressivos de crescimento, muitas vezes apresentado por empresas que são privatizadas, há uma conclusão precipitada de que empresas estatais apresentam sempre números inferiores aos de empresas privadas, ou ainda de que empresas estatais servem apenas aos interesses dos governantes.
Muito se discute a respeito da privatização, devido às várias mudanças