Analisando as reformas no Brasil, ou o estilo tucano de governar: raison d’état e “neomaquiavelismo”
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Analisando as reformas no Brasil, ou o estilo tucano de governar: raison d’état e “neomaquiavelismo”O termo pragmatis foi incorporado ao vocabulário inglês, por um lógico americano, para descrever um método de lidar com as “coisas reais”. Comumente os conhecimentos sobre pragmatismo e maquiavelismo são usados pejorativamente, isto é um erro, pois estas são ferramentas úteis para o melhor entendimento de certas decisões governamentais.
Associado a abordagens práticas e racionais, o pragmatismo é frequentemente usado para solução de problemas conjunturais que afetam os governos e as sociedades. Governar requer um grau de pragmatismo na implementação de políticas. Neste contexto o pragmatismo oferece soluções não ideológicas a problemas políticos e econômicos e está ligado a políticas que possam realmente ser aplicadas.
O neomaquiavelismo se relaciona à abordagem de Nicolau Maquiavel em suas tratativas políticas, que baseavam-se na percepção de que o destino de um estado estava em suas próprias mãos e não sob controle do Império Romano ou do Papa. Maquiavel via no Estado um ente de valor autônomo, o que fazia recomendar que o comportamento devesse ser determinado por raison d’état (razão de Estado) mais do que por forças externas. Tendo como fundamento o pragmatismo e o neomaquiavelismo que as reformas estruturais do Brasil foram implementadas e dirigidas.
O legado da era FHC e os desafios do governo Lula
Os oito anos do governo socialdemocrata do governo tucano deixou uma herança de reformas que permaneceu na agenda política do Brasil, que introduziram o neoliberalismo econômico. Ainda que o governo FHC fosse originalmente socialdemocrata implantou políticas públicas que se assemelharam mais ao liberalismo econômico do que ao keynesianismo socialdemocrata.
Dentre as reformas do governo de Fernando Henrique destacam-se as seguintes:
- Continuidade das reformas estruturais da economia, previdência e administração pública;
- aprofundamento da democracia e