analfabetismo funcional
Analfabetismo funcional custa U$ 6 bi a empresas brasileiras
O analfabetismo funcional pode ser muito mais do que se costuma imaginar dentro das empresas brasileiras. "Ele significa a incapacidade da pessoa em compreender a palavra escrita", explica o professor Daniel Augusto Moreira, coordenador do mestrado em administração de empresas da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) e professor convidado da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP.
Moreira está terminando um livro sobre o assunto e esta semana finalizou uma pesquisa inédita em uma importante companhia siderúrgica brasileira, com quase 6 mil funcionários, que comprova o quanto esta disfunção está presente nas empresas em nosso país. Dos 581 funcionários testados, pelo menos 110 acusaram alguma insuficiência na sua alfabetização funcional.
E este talvez seja um dos maiores problemas relacionados ao analfabetismo funcional. Gasta-se fortunas em treinamentos, que podem muito bem estar sendo subaproveitados pelos empregados, sem que os chefes se deem conta do problema. No Brasil calcula-se, segundo Moreira, que a queda na produtividade provocada pela incidência de analfabetismo funcional, seja traduzida em uma perda equivalente a US$ 6 bilhões anuais.
As "perdas invisíveis" provocadas pelo analfabetismo funcional nas empresas
Na hora de aprender um novo procedimento de trabalho, ele prefere sempre ouvir a explicação da boca de algum colega a ter que se debruçar sobre um manual. Na hora que o supervisor chega com as apostilas do treinamento, ele finge que entende, depois pergunta tudo de novo para os outros. O computador quase sempre costuma lhe causar calafrios. O melhor jeito que encontrou para sobreviver no mundo corporativo foi decorando instruções ou imitando o companheiro do lado.
As atitudes deste trabalhador fazem parte de um comportamento muito mais comum do que se costuma imaginar dentro das empresas