Anabolizantes E Seus Riscos
INTRODUÇÃO:
Atualmente, vivemos um momento do culto exagerado ao corpo e à estética: triplicaram as cirurgias plásticas no país, observa-se um aumento crescente dos freqüentadores de academias de ginástica e nunca se venderam tantos cosméticos e produtos para emagrecer, apesar da crise econômica. É imperativo ser bonito, musculoso, magro e saudável. Aliado a isso, um consumo exagerado de tudo: dinheiro, imagem, roupas, perfumes, adornos, grifes, amor, sexo, bens de consumo e substâncias lícitas e ilícitas.
Agravando o consumo exagerado de substâncias, um novo mito se incorpora às práticas esportivas, o de que substâncias diversas estão disponíveis para ganho de massa muscular e conseqüente melhoria do rendimento e do desempenho físico. Entre elas os esteróides androgênicos anabolizantes.
DEFINIÇÃO:
Os esteróides anabolizantes são medicamentos que funcionam como esteróides produzidos pelos próprios seres humanos.
Podem ser classificados em androgênicos e corticóides. Aqueles usados indevidamente são, na maioria, esteróides androgênicos (que agem como testosterona). Os esteróides usados para tratamentos de reações inflamatórias são os corticóides (prednisolona, cortisona, beclometasona, budesonida, dexametasona e vários outros), e todos têm diferentes graus de efeitos anabólicos. Os esteróides androgênicos, secretados pelas glândulas supra-renais ou pelos testículos, são hormônios sexuais masculinos, que incluem a testosterona, a diidrotestosterona e a androstenediona. A testosterona, proveniente do colesterol, é produzida, nos homens, principalmente nos testículos, e uma pequena quantidade, nas glândulas adrenais. A testosterona e seus metabólitos, como a diidrotestosterona, agem em várias partes do corpo humano produzindo as características sexuais masculinas secundárias (calvície, pêlos no rosto e no corpo, voz grossa, maior massa muscular, pele mais grossa e maturidade dos genitais); na puberdade, produz acne, crescimento peniano e