AN LISE SCHUMPETERIANA DO DESENVOLVIMENTO

ANÁLISE SCHUMPETERIANA DO DESENVOLVIMENTO

A análise de Schumpeter, à primeira vista, oferece a promessa de uma visão reconfortante das previsões inquietantes dos teóricos da estagnação.
Os argumentos de Schumpeter apresentam traços marxistas.
“Schumpeter é o mais inflexível teórico da estagnação de quantos possam haver”.
Schumpeter discorda de pontos fundamentais das teorias ricardiana (discorda da lei de rendimentos decrescentes), marxista (discorda que o capitalismo está destinado a desmoronar e a sofrer dolorosa morte) e estagnacionista (discorda que haja carência em oportunidades de desenvolvimento).
Schumpeter sustenta que o capitalismo pode proporcionar níveis sempre mais elevados de renda real ao custo de nada mais que interrupções temporárias da atividade econômica.
Schumpeter rejeita a descrição neoclássica do desenvolvimento como sendo um processo gradual e harmonioso. Para ele, cada aumento do produto nacional era obtido mediante de processos desarmônicos (períodos de crescimento no curto prazo alternados a períodos de depressão).
A figura central na análise do processo de desenvolvimento de Schumpeter é o EMPRESÁRIO. É ele o inovador, o que empreende novas combinações dos fatores de produção (inova introduzindo um novo bem no mercado; conquistando novos mercados; reorganizando uma empresa qualquer; adquirindo novas fontes de matéria-prima; utilizando novos meios de produção).
O empresariado não é uma atividade diretiva ordinária; ou seja, o empresariado requer a introdução de algo completamente novo.
EMPRESÁRIO não é sinônimo de CAPITALISTA. O capitalista fornece os recursos; o empresário faz a gestão desses recursos (no entanto, podem ser a mesma pessoa).
A existência de uma “corrente contínua de possibilidades de inovação” é condição necessária, mas não suficiente, para o desenvolvimento. Também é necessário que se tenha empresários para levar adiante essas inovações.
É necessário um indivíduo especialmente motivado e talentoso – o empresário -