An Lise Da Situa O S Cio Pol Tico Econ Mica Brasileira Luz Da Teoria De Weber
Uma análise da situação sócio-político-econômica brasileira à luz da teoria de Max Weber e das disfunções burocráticas
Administrar consiste em gerir recursos (financeiros, humanos e materiais) com a máxima eficácia possível, buscando a maximização dos lucros ou a adequada prestação de serviços públicos. Segundo Montana e Chernov (2003), administrar é trabalhar com e por intermédio de outras pessoas na busca pela realização de objetivos da organização, assim como de seus membros. Sendo um dos propósitos principais da administração o aumento da produtividade e a geração de lucro, o pensamento administrativo tem como base a organização do trabalho por meio da lógica de mercado e, principalmente, das estruturas burocráticas.
A burocracia (do francês bureau – escritório e do grego krátos – poder), segundo Max Weber, é um sistema que busca organizar, de maneira estável e duradoura, a cooperação de um grande número de indivíduos, cada qual detendo uma função especializada. Dessa forma, a burocracia, de acordo com o referido autor, tem como princípios: a divisão do trabalho com a máxima especialização; a regulamentação dos direitos e deveres dos membros, da hierarquia existente na organização, da forma de recrutamento, assim como de avanços e promoções; remuneração igualitária para cargos e funções com exercício semelhante; a não interferência de agentes externos nas políticas organizacionais da empresa; o não apoderamento do capital e a separação entre a esfera pessoal e a esfera profissional do indivíduo. Essa excessiva regulamentação visa a impessoalidade, uma vez que a estrutura da organização possui um alto grau de formalização, impedindo a abertura de espaços para o confronto entre indivíduos e o abuso de poder.
Esse modelo, observado e descrito por Weber, foi analisado por inúmeros autores que identificaram vantagens e desvantagens nessa forma organizacional. Para esses autores, existe um abismo que separa a teoria burocrática e a