Amputação Primária no trauma
Amputação primária no trauma: perfil de um hospital da região centro-oeste do Brasil
Primary amputation in trauma: a profile of hospital Center-west region of Brazil
Flavio Renato de Almeida Senefonte1, Giuliano Rodrigo de Paiva Santa Rosa2, Mauri Luiz Comparin3,
Marcos Rogério Covre4, Mauricio de Barros Jafar5, Fábio Augusto Moron de Andrade6,
Guilherme Maldonado Filho7, Ed Nogueira Neto8
Resumo
Contexto: Vivemos num período de epidemia do trauma. A amputação de indicação traumática incide em uma população jovem e economicamente ativa com repercussão onerosa no âmbito socioeconômico, tornando-se um problema de saúde pública.
Objetivo: Conhecer a casuística de amputações traumáticas realizadas na Santa Casa de Campo Grande-MS, entre 2005 e 2008.
Métodos: Estudo de prevalência, descritivo, longitudinal e retrospectivo. Amostragem de conveniência, realizada com revisão sistemática de prontuários de pacientes submetidos a amputações de membros inferiores e/ou superiores cuja indicação foi trauma incompatível com reconstrução.
Foram excluídos os pacientes que já chegaram amputados no pronto-socorro. Avaliaram-se nível de amputação, faixa etária, sexo e escala do sistema
MESS para indicação de amputação traumática. Utilizaram-se o teste quiquadrado e o teste exato de Fisher, considerando um intervalo de confiança de 95%.
Resultados: Foram realizadas 108 amputações no período, na faixa etária de dois anos a 78 anos, com média de 36,7 ± 12 anos e mediana de 35 anos.
Houve predomínio do sexo masculino em 72% da casuística. O nível de amputação mais executado foi de amputações menores (pododáctilos e quirodáctilos). A causa mais frequente foi lesão decorrente de acidente de trânsito.
Conclusões: As amputações traumáticas atingiram uma população jovem e produtiva, conforme corroborado pela literatura, com predomínio de acidentes de trânsito com lesões ortopédicas e neurológicas associadas.
Palavras-chave: amputação; desarticulação;