Amputados
INTRODUÇÃO
Os AT representam importante parcela da morbimortalidade em todo o mundo.1 O indivíduo que sobrevive ao acidente pode evoluir com sequelas imediatas e/ou tardias. Dentre as sequelas advindas num acidente, têm-se as amputações de membros, que podem levar a várias complicações no coto de amputação, como edema, ulcerações, dor fantasma, infecções e neuroma doloroso, comprometendo a independência física e social do indivíduo.2,3
Diante disto, torna-se necessário para estes indivíduos um programa de reabilitação com equipe multidisciplinar para uma boa evolução terapêutica.
A reabilitação tem por objetivo reintegrar fisicamente o indivíduo, tanto para que ele aceite o seu novo estado corporal, quanto em função da utilização de equipamento externo, no caso a prótese, quando necessária.2 Visa ainda capacitá-lo para o maior aproveitamento de suas potencialidades e independência física e social.
Durante a reabilitação, a vida produtiva da pessoa vitimada pelo acidente fica prejudicada, pois ela permanece afastada do trabalho durante este processo de recuperação e numa sociedade onde o indivíduo é valorizado pela sua produção e riqueza, recai sobre ele a imagem de inutilidade.
Alguns estudos já demonstraram as características e os fatores positivos em amputados de membros inferiores que têm relação com o retorno ou não ao trabalho, com ou sem readaptação profissional.4
Nos estudos realizados por Pineda et al.5 observaram que, após a reabilitação, os jovens amputados por causa traumática apresentaram melhores condições física e psíquica, e maior retorno às atividades profissionais. E afirmaram que quanto melhor for a independência física e psíquica tanto maior será a chance de alcançarem a autonomia profissional. Shoppen et al.4 acrescentam que o conforto da prótese evita dores no coto de amputação e estimula seu uso diário, e a boa percepção de saúde frente à limitação física