Amostra 3m
Por uma assertividade na proposta, a obra XYZ de Raquel Kogan chamava a atenção, principalmente pelo fato do público poder interagir, dando a sensação de fazer parte da obra. A obra ficava exposta em uma sala escondida e escura, sendo que muitos dos visitantes acabaram não encontrando-a. Logo na entrada, você podia observar algumas caixas de som espalhadas por todo a sala, penduradas por pedestais, e iluminadas por pequenos feixes de luz, excitando ainda mais a curiosidade do público a entender o funcionamento da obra. Além das caixas de som, existia um sensor, quadrado e iluminado no chão, que coletava o peso e altura dos visitantes; Ao lado, tinha um leitor, onde você colocava sua mão e era coletada a frequência cardíaca. Essas duas ferramentas era a chave do funcionamento da obra, pois essas informações eram transformadas em música e emitidas nas caixas de som. A pulsação e os batimentos cardíacos eram transformados na disposição da música; A altura determinava o ritmo e a sequência dos sons; O peso gerava o timbre. Outro ponto chave da proposta era criar, além de uma musicalidade com os dados do visitante, sobrepor as músicas de até três voluntários diferentes, passando a ideia da criação de uma orquestra (observação feita pelo próprio público). A capacidade que a artista teve de unir a tecnologia, arte e musica foi impressionante, o cuidado com todos os detalhes, como: A preocupação com o visual, espalhando os equipamentos de forma harmoniosas, para não cansar o público e tornar agradável a permanência na sala, a altura da aparelhagem e a separação de cada instrumento, transmitindo exatamente o estado interno da pessoa voluntária e ainda preocupando-se com a junção de três sequências musicas de cada participante.
Aumentando a volumetria da pessoa, dando margem a um denso leque para criatividade, elevando a um mundo de imaginação, onde a pessoa já não é mais apenas um ser e sim um instrumento interagindo com outros, formando