Amor
Desde o inicio do século, os médicos recomendavam as mães aleitarem seus bebês, enquanto outros condenavam as amas mercenárias.
Em 1672, russeu não usa de meias palavras e diz sobre o assunto: Do cuidado das mulheres depende a primeira educação dos homens: Das mulheres ainda dependem dos seus costumes...Daí traduz o dever da mulher em todos os tempos... Que é, educar os homens quando jovens, cuidar deles quando grandes, aconselhar e consolar. E essas palavras foram repetidas até o século xx com muita frequência.
Em 1775, o médico escocês Buchan em seu Tratado de Medicina domestica, ele se surpreende por as mães não terem tomado a consciência de sua influência e responsabilidade. ele diz assim: Se as mães refletissem sobre sua grande influência na sociedade, e se quisessem persuadir disso, aproveitariam todas as ocasiões de se instruir sobre os deveres que delas exigem seus filhos.
Em 1778 chega a vez do chefe de polícia: Prost de Royer. Ele louva os costumes selvagens, e se maravilha com o ato da mulher dando á luz nos desertos e nas neves, mergulhar o filho no gelo todos os dias para banha -lo, de aquecê-lo no seio ao mesmo tempo que o alimenta.
Ele conclui dizendo: O selvagem é maior, mais bem feito, melhor organizado, mais sadio, mais robusto do que se a natureza tivesse sido entravada em sua marcha.
A autora, analisando dados de diferentes países referentes aos nascimentos e constituição familiar, aponta que "o modelo da complementaridade dos sexos que comanda a estrita separação dos universos masculino e feminino" e a "ausência de uma política familiar decididamente cooperante para as mulheres" (164) são fatores decisivos para que a maternidade seja cada vez mais posta em xeque e adiada. Com ênfase à experiência das mulheres francesas, mal-faladas por serem pouco afeitas à amamentação e bastante desprendidas para encaminhar sua cria à creche, destacando as políticas públicas implementadas pelo Estado francês.