Amor
“Há uma palavra que nos liberta de todo o peso e sofrimento da vida: essa palavra é amor.” Sófocles O segundo artigo que decidi desenvolver na sequência da minha actividade de escrita de ficção é sobre o amor. Pretendo com a pesquisa levada a cabo, concluir e apresentar a minha definição, para além de identificar as formas de amar existentes na sociedade actual e as fases de vida do amor. O amor é talvez o maior e mais antigo mistério de todos os tempos. Desde que tomou consciência de si, o ser humano reconheceu a capacidade de amar e ser amado, por isso a definição de amor tem sido discutida e imortalizada em diversos estudos, obras e vidas como a de Ghandi, figura incontornável da defesa do amor como “a força mais subtil do mundo”. Honoré de Balzac foi um dos pensadores do amor, chegando a algumas conclusões que ajudam a entender o seu conceito. Balzac dizia que “o amor é a poesia dos sentidos. Ou é sublime, ou não existe. Quando existe, existe para todo o sempre e aumenta cada vez mais” e que “o amor não é apenas um sentimento: é também uma arte”, para além de ser “a única paixão que não admite nem passado nem futuro”. A verdade é que o amor continua a ser um verdadeiro enigma reduzido, na maior parte das vezes, à relação amorosa, familiar e de amizade. Na procura de uma definição clara do conceito de amor, parece pertinente começar por identificar os estilos de amor existentes na actual sociedade. Estilos de Amor Os estilos, ou tipos, de amor foram identificados inicialmente na Antiga Grécia. “Platão e os seus contemporâneos achavam que o amor residia na alma e que a própria alma (logo, também o amor) tinha três componentes ou dimensões: vísceras, mente e coração” (Marinoff, Lou – 2005). Como consequência, definiram-se na Grécia Antiga os primeiros três tipos de amor: Eros – amor sexual, Philos – amor não sexual e Agape – amor altruísta. Em 1973, Lee distingue seis estilos de amor, dividindo-os em primários e secundários. Os primários, comparou-os às três