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A concentração plasmática normal é menor que 2µmol/L (ou um pouco maior em ruminantes), mas em cavalos o normal pode ser maior que 50µmol/L.
A bilirrubina é um subproduto da quebra da molécula heme. Em sua forma inicial, não é solúvel em água; por isso, quando está no plasma, encontra-se ligada à albumina. É transportada via sistema retículo-endotelial ao fígado, onde é conjugada com o ácido glicurônico e outras substâncias e transformada em solúvel. O conjugado de bilirrubina é excretado na bile e ela e seus pigmentos associados (principalmente a estercobilirrubina) são responsáveis pela cor acastanhada característica das fezes. Nas solicitações laboratoriais, 'bilirrubina total' significa isso mesmo. 'Bilirrubina direta' é bilirrubina conjugada e a bilirrubina não conjugada (ou indireta) é calculada por subtração da total. Entretanto, o fracionamento da bilirrubina em componentes conjugado e não conjugado é mais uma 'história bonita' do que uma medida diagnóstica útil. Na prática, uma vez que a concentração de bilirrubina esteja elevada e estabelecida, seria mais construtivo abordar diretamente as possibilidades individuais (hemograma para suspeita de doença hemolítica, outros testes de função hepática para suspeitas de quadros hepatobiliares).
Concentrações plasmáticas de bilirrubina elevadas podem ocorrer devido a:
(1) Hiperbilirrubinemia por jejum. O cavalo é a única espécie em que isto é prontamente observado. Em um cavalo com fome ou anorético, a concentração de bilirrubina plasmática pode subir até cerca de 100µmo1/L na ausência de qualquer anormalidade hemolítica ou hepatobiliar. Pode ocorrer devido ao fato dos ácidos graxos livres, que aumentam no plasma durante o jejum em cavalos, competirem com a bilirrubina pela captação nos hepatócitos. Este fenômeno é benigno, mas parte destes animais irá desenvolver hiperlipidemia clínica (ver a seguir). A icterícia que pode se desenvolver no gato anorético não é exatamente a