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Mário Peixoto ou Mário Breves Peixoto, seu nome completo, nasce em 25 de março de 1908 - na mesma data que David Lean, seu diretor favorito -, provavelmente na Bélgica onde seu pai, João Cornélio, freqüentava um curso de química.
É descendente de família rica: do comendador Joaquim José de Souza Breves, maior plantador de café do império e maior traficante de escravos, da parte da mãe, e de usineiros de açúcar, da parte do pai.
Estuda no Colégio Santo Antônio Maria Zaccaria de 1917 até 1926 quando interrompe o curso para seguir para a Inglaterra. Permanece de outubro de 1926 a agosto de 1927 no Hopedene College, em Willingdon, próximo de Eastbourne, no Sussex.
Na volta ao Brasil, é apresentado ao Brutus Pedreira, que o leva para o Teatro de Brinquedo. Conhece os irmãos Silvio e Raul Schnoor e a irmã Eva, bem como Adhemar Gozaga e Pedro Lima.
Em 1928, é fundado o Chaplin Club, um circulo de amigos debatendo questões teóricas relacionadas ao cinema. Participa dele, entre outros, Octávio de Faria, amigo de infância de Mário Peixoto e seu interlocutor privilegiado. O Club publica entre 1928 e 1930 a revista O FAN.
O desejo de informar-se mais sobre cinema e ver mais filmes faz Mário voltar à Europa em junho de 1929, quando visita junto com o pai Londres e Paris.
Conforme Peixoto, a seguinte foto de André Kertesz na 74. edição da revista VU
visto por acaso num passeio pelas ruas de Paris, age como inspiração final para escrever na mesma noite o primeiro esboço para seu filme Limite.
De volta ao Brasil, em outubro de 1929, Mário Peixoto continua em contato com a cena artística, provavelmente presencia as filmagem de Lábios sem beijos e de Saudade e possivelmente encontra pela primeira vez a atriz Carmen Santos e o cameraman Edgar Brazil.
Apresenta o scenario de Limite aos diretores Gonzaga e Mauro, mas ambos opinam que o próprio Mario deveria realizar seu filme.
Limite estréia em 17 de maio de 1931, no cinema