Amor é um. Paixão é dois..
A paixão se orienta pelos instintos mais densos; se caracteriza pela parte mais intensa da relação a dois. Ela parece ser a melhor etapa; mas não é. No começo, há a empolgação, a vontade de estar sempre perto, aquela sensação louca quando se lembra dos momentos envolventes, enfim. Porém, ela pode destruir uma relação e transformá-la em ódio. E não precisa de muito. Se nos prendemos apenas á sexualidade, vontade, desejo, não construímos uma relação saudável e, em pouco tempo, ela também se tornará cansativa, pois sentirá falta do essencial: O amor.
O amor é a forma inata em tudo, manifestando a melhor parte dos seres. É torcer pelo bem de algo ou alguém, incondicionalmente. Não se limita apenas á vida afetiva; pode-se desenvolver por um amigo ou familiar. É a parte que vem depois de toda aquela paixão, mas isso sim leva tempo pois somos muito complexos e apegados a emoções além da afetiva.
O real problema de hoje é que não damos tempo a essa relação. Não a deixamos amadurecer sem nos precipitar, julgar ou até 'partir pra outra'. Isso resulta em amores passageiros, cabeças perdidas, sentimentos magoados e vida superficial.
Eu vejo o homem moderno como turista, - me refiro á mulher também - desapegado de emoções profundas, sem querer qualquer nível de compromisso, - assim desrespeitando os sentimentos do outro - que não se envolve mais que a superfície; entram na relação, e já partem; fútil. Com isso, temos pessoas que têm medo de dar um tempo ao sentimento para que este cresça. Eu