Amor a maior quest o da vida
AMOR, A MAIOR QUESTÃO DA VIDA
As manifestações inflamantes das paixões amorosas, sempre foram uma constante na vida do homem desde tempos mais remotos. Daí percebermos em “Cantares de Salomão”, por exemplo, os ardentes desejos dos amantes de estarem sempre a desfrutar dos seus mananciais1. Como também não lembrar do excelentíssimo Homero, como estonteante aedo que era ?
Canta a cólera de Aquiles, entretanto canta o rapto de Helena. Esta foi tirada de Menelau pelo troiano “Páris”, sedutor de mulheres,2que por ela se apaixona e compreende reciprocidade nesta empresa chamada “amor”.
Quando há obstáculos à realização do ardente amor entre amantes, aguçam-lhes os sentidos e sentimentos, o real passa a irracionalidade, o que não lhe é próprio, pois uma de suas virtudes (do real) é a contemplação da razão. Partindo deste princípio, lembremos do glorioso
Shakespeare, na tragédia “Romeu e Julieta”3, em que nem a morte pôde destruir o ardente amor que reinava nos corações daqueles amantes.
Não nos esqueçamos do amor proibido de Riobaldo e Diadorim, da constante luta interna daquele por pensar que este era homem. Se pudéssemos entrar no mundo literário de
Guimarães Rosa, poderiamos sugerir que Riobaldo não se deixasse levar pela opinião pública, e se entregasse ao amor, pois pode ser que amemos uma só vez na vida.
Ora, o amor não está preso a orientação sexual. Não escolhemos a quem amar, assim como não escolhemos respirar. Simplesmente amamos e respiramos.
No romance de Chretien de Troyes, Lancelot, o cavaleiro da charrete, nos deparamos com alguns trechos caracterizadores do “amor cortês”, os quais a alguns exporemos. Eis o primeiro a observarmos: são as humilhações porque passam o nobre cavaleiro, a começar por ter que subir na charrete, algo tão desprezível para um homem de bem.
“Ao ver esse cavaleiro na charrete, as pessoas ficam espantadas e prorrompem em forte assuada, pequenas e grandes, velhos e crianças, todos espalhados pelas ruas. Gritam grandes