Amor sem escalas
George Clooney interpreta o papel de um alto executivo de recursos humanos, Ryan Bingham que viaja por todos os Estados Unidos para despedir trabalhadores para a grande corporação em que trabalha.
Ryan demite pessoas, as quais ele nunca viu e das quais ele não se interessa saber mais do que o essencial. Ryan somente cumpre, com muita competência, o protocolo da empresa, insensível à vida e ao futuro das pessoas que demite.
O comportamento dele é análogo ao comportamento de muitos executivos e líderes que preocupados com uma eficiência de relógio, se esquecem que lidam diretamente com um material muito sensível e que é base dos resultados em qualquer organização: o capital humano.
Nas cenas de demissão o filme trás o depoimento e os dramas reais de pessoas que passaram pela difícil experiência de perder uma posição no mercado e todos os problemas que isso acarreta.
Sabemos que muitas vezes a demissão é inevitável, mas não podemos e não devemos deixar de nos sensibilizar, por que essa pode ser a história de qualquer um de nós. Nesses momentos vemos quanto o fator humano é o essencial.
O filme também fala sobre o uso da tecnologia e a alienação. A desumanização das relações nas empresas.
Uma nova contratada, Natalie Keener interpretada por Anna Kendrick, para cortar gastos, propõe demissão por internet, através de Conference Calls. Uma das formas mais impessoais e inumanas que se pode imaginar no tratamento de pessoas, mas é bastante verossímil levando em conta a realidade de muitas organizações.
Ryan, no filme, tem uma vida que lhe agrada, quase não vive em sua casa, na pequena cidade de Omaha em Nebraska. Ele literalmente não planta raízes, é um nômade emocional e faz questão