Amor: primeiro passo para a constituição da família
Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Comumente, homem e mulher só buscam a coincidência no afeto pelo sentimento, rara vez pela mente. Se, porém, eles se encaminham pela mesma senda e se nutrem dos mesmos conhecimentos transcendentes, entre ambos se promoverá um acercamento de outra natureza, o espiritual, que é por si só toda uma garantia moral.
Quero com isto dizer que a boa colocação no matrimônio estará determinada por esse acercamento espiritual, pois ambas as partes se compreenderão melhor, se respeitarão e sentirão verdadeira unção por esse ideal que se dispõem a realizar.
Esta é uma diretiva que leva a encontrar, por via natural, o desenvolvimento de uma nova forma de conduzir-se, através da qual homem e mulher se preparam para a coincidência no sentir e no pensar. Nisto, como em todas as coisas da vida, se requer preparação, e essa preparação, particularmente neste caso, é o tapete de flores por onde os seres caminham em direção à felicidade.
Quando um dia, a vida levar o homem ao encontro da mulher que, em sonhos, espera por seu “príncipe encantado”, auguro-lhe que a encontre desperta. Que não seja a Bela Adormecida, que vive no mundo ilusório da juventude, mas sim a Bela Desperta, aquela que em plena juventude se esforça pela posse de virtudes que a farão feliz por toda a vida. E que ambos possam experimentar essa alegria sã e duradoura que sentem os que compreendem e anelam, por igual, a superação de suas vidas. O amor tem de possuir o hálito da perpetuidade, senão é um mero engano Quando irromper no coração, deve-se cuidar de que contenha todos os elementos que haverão de dar perenidade a ele, e cuidar também de que esses elementos estejam contidos no amor com que seja correspondido.
Um desses elementos é a constância; um outro, a paciência. Somando a eles a tolerância, temos reunidos os três elementos básicos do amor.
O amor é o primeiro passo para a constituição da