Amor de perdição
O livro Amor de Perdição (escrito em 1862), do escritor Camilo Castelo Branco, trata-se de uma novela inserida na corrente literária, chamado de romantismo. A acção desta mesma obra é estruturada através de uma sucessão de sequências narrativas, com ligações entre si, os acontecimentos posteriores são sempre uma consequência dos episódios anteriores. Essa mesma ligação de acontecimentos dão expressão à frase que o narrador inclui na Introdução: “(…) amou, perdeu-se e morreu amando”. Ou seja, Introdução, Desenvolvimento e Conclusão.
À introdução corresponde o tempo verbal “amou” que se situa no capítulo II, momento em que Simão vê Teresa, pela primeira vez, e por ela se apaixona.
O tempo verbal “perdeu-se” situa-se no desenvolvimento, do capítulo III até XX desde a recusa de Teresa em casar com Baltasar, devido a amar Simão, até à partida para o degredo.
A conclusão “morreu amando” corresponde à conclusão da obra.
Devido à acção fechada, que é uma das características deste livro, o leitor é informado sobre o destino final das personagens. Contudo, este mesmo livro poderia ter um final diferente.
No lugar do final ser tão triste, poderíamos dar-lhe um outro final, talvez quem sabe um final feliz, devido à “relação escondida” de Simão e Teresa. Estes oficializariam o seu namoro e casavam. Sendo assim, Teresa já não seria mandada para o convento nem Simão seria condenado à morte.
Assim, e perante a mudança para um final feliz, apenas Baltasar seria morto enquanto Teresa e Simão ficariam juntos e teriam filhos.
Com este final mais feliz, o livro de Camilo Castelo Branco tornar-se-ia um cliché conhecido pela típica frase “tudo acaba bem” e “todos são felizes para sempre”.
Nunca saberemos o porque de o autor não ter escolhido o típico caminho do felizes, porém, tal escolha tenha sido feita com receio de cair no fácil e ser criticado, tendo elaborado um romance onde as intrigas e suspense tomam conta do leitar a cada virgula,