Amilca de castro
Artista plástico, nasceu em 1920, na cidade mineira de Paraisópolis. Formou-se em Direito, mas não exerceu a profissão. Em 1944 inscreve-se na Escola de Arquitetura e Belas Artes em Belo Horizonte, freqüentando o curso livre de desenho e pintura de Alberto da Veiga Guignard, e o de escultura figurativa com Franz Weissmann. Com Guignard, foi introduzido na técnica do lápis duro, com o qual sulcava as folhas de papel, primeiro índice dos cortes que faria nas chapas de ferro que o tornariam o mais importante escultor brasileiro em atividade, reconhecível pelas monumentais esculturas em chapas de ferro cortadas e dobradas.
Em 1952,mudou-se para o Rio. Em 1953, inicia a carreira de diagramador e trabalha nas revistas A Cigarra e Manchete, no mesmo ano em que realiza sua primeira escultura construtiva, influenciado pelo trabalho de Max Bill, cuja obra conhecera na II Bienal de São Paulo. Em 1956, participou da Exposição de Arte Concreta em São Paulo, e no ano seguinte assinou o projeto de reforma gráfica do Jornal do Brasil.
Em 1959 assinaria com Ferreira Gullar, Franz Weissmann e Lygia Clark, entre outros, o Manifesto Neoconcreto. Ainda nessa ocasião realiza exposições no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Mam-RJ) e no Belvedere da Sé, em Salvador. Em 1960, ganha o primeiro prêmio da categoria escultura no XV Salão do Museu de Belas Artes de Belo Horizonte e participa da Exposição Internacional de Arte Concreta em Zurique, na Suíça. No ano seguinte apresenta seus trabalhos no Museu de Arte Moderna de São Paulo (Mam-SP). Em 1964, realiza a cenografia do enredo da Escola de Samba da Mangueira, auxiliado por Hélio Oiticica, responsável pela pintura de uma alegoria. Em 1967, participa da mostra Artistas Brasileiros Contemporâneos, no Museu de Arte Moderna de Buenos Aires. Participou de cinco edições da Bienal de São Paulo. Ao longo dos anos 60, continuou a trabalhar com diagramação para jornais